segunda-feira, 11 de julho de 2011

UM PARAISO DENTRO DE CADA UM DE NÓS!




"Nós, na verdade, somos condenados com justiça, pois recebemos o que os nossos feitos mereciam. Mas este nenhum mal fez. Então disse: Senhor, lembra-te de mim quando entrares no teu reino" (Lc.23.41,42)


Desde o Éden, os Homens tem buscado o paraíso perdido em muitos lugares, mas sempre em vão.
O drama da Humanidade não foi a expulsão do jardim, mas a perda da presença de Deus. O que é o Paraíso? É o lugar onde a glória de Deus é manifestada.

O Éden era um lugar de beleza fantástica, mas o que fazia dele o paraíso era a manifestação da presença de Deus.

A santidade divina, porém, não aceita pecado – e se pecarmos, é preciso arrependimento. Uma vez arrependidos, há a manifestação da presença de Deus; e quando isso ocorre, os lugares mais inusitados se transformam em paraíso.

A Bíblia não promete um retorno ao Éden, mas mostra a vida de pessoas que acharam a porta do paraíso e começaram a entrar por ela. Como? Bem, elas perceberam que, ao entrarem em comunhão com Deus, Ele entrava em seus corações e fazia dali algo melhor que o Éden.
Abraão descobriu isso na paisagem de Moriá. Moisés, por sua vez, ajoelhado e descalço, diante de um arbusto em chamas.

Diante disso, descobrimos um maravilhoso segredo contido no convite de nosso Senhor Jesus, de tomarmos nossa cruz e, arrependidos, segui-lo até o Calvário, onde somos crucificados com Ele.
Pois sempre que houve arrependimento, renúncia, e humilhação, a presença do Senhor manifestou-se. Sempre que os Homens  admitiram sua própria maldade, algo extraordinário aconteceu. Seus olhos deixaram de se fixar na própria dor, e foram atraídos irresistivelmente à cruz de Cristo, e este crucificado. E então, senhores, a antiga porta do paraíso foi-lhes aberta, gratuitamente.

Portanto, quem sou eu? Sou aquele ladrão da cruz. Vim parar ali por ser necessário que minha velha essência fosse crucificada.
Contudo, ao admitir que mereço estar ali, o Espírito Santo abre meus olhos e revela-me a glória Salvador, bem ao meu lado, ainda que sem beleza ou formosura aos olhos dos demais. Junto dele ganho esperança, entendo que Sua cruz tem razões bem diferentes da minha (Ele é inocente) e entendo os Seus propósitos em meu favor (Ele me inocenta).

E quando ali, em Sua presença, o contemplo, esqueço-me de mim, meu sofrimento e se vai. Ele está ali comigo. Ele está ali por mim.

E então, no mesmo lugar de minha dor e vergonha, no mesmo cenário de minha condenação, os lábios feridos e sôfregos, mas ainda doces do Salvador, me segredam: “você está comigo agora... seja bem-vindo ao paraíso”.


Deus abençoe!