segunda-feira, 16 de abril de 2012

QUEM VOCÊ PENSA QUE É?

Um dos livros que mais impactou a minha vida chama-se “POR QUE TARDA O PLENO AVIVAMENTO?” escrito pelo já falecido evangelista Leonard Ravenhill. E uma das frases que mais me impactou no livro foi a seguinte:

“Em cada um de nós existem três pessoas:
A que nós achamos que somos,
A que os outros pensam que somos,
E a que Deus sabe que somos”.

Queria que você meditasse comigo em uma das parábolas que Jesus Cristo contou: A parábola do fariseu e o publicano.

Propôs também esta parábola a alguns que confiavam em si mesmos, por se considerarem justos, e desprezavam os outros: Dois homens subiram ao templo com o propósito de orar: um, fariseu, e o outro, publicano. O fariseu, posto em pé, orava de si para si mesmo, desta forma: Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, roubadores, injustos e adúlteros, nem ainda como este publicano; jejuo duas vezes por semana e dou o dízimo de tudo quanto ganho. O publicano, estando em pé, longe, não ousava nem ainda levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, pecador! Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado.”
Lucas 18:9-14

A frase do fariseu: “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens” deixou-me pensativo e preocupado sobre algumas coisas que vejo em nosso meio cristão.

Infelizmente tenho visto muitos cristãos se achando melhor do que as outras pessoas. Sua oração é mais ou menos assim: “Ó Deus, graças te dou porque não sou como os demais homens, que fumam, que bebem, que dançam, que gostam de futebol, que ouvem música do Roberto Carlos, etc., etc., etc.”

Mas, sabe de uma coisa? Nós esquecemos que nem todos os fariseus eram hipócritas.

Muitos fariseus levavam Deus muito mais a sério do que nós levamos, e, muitos se entregaram ao senhorio de Cristo. E nem é preciso pensar muito. Compare o fariseu dessa parábola com a maioria dos cristãos. Ele afirmava “jejuar duas vezes por semana e dar o dízimo de tudo quanto ganhava.”

Têm muitos cristãos que nem sabem o que é jejum, e, quando o fazem, é só para conseguir algum bem material. E o dízimo então? Há muitos que entregam o dízimo apenas porque querem algo material em troca.
  
O que aconteceu com muitos fariseus nos tempos de Jesus Cristo está acontecendo hoje com muitos cristãos: eles não se sentem mais afligidos por seus pecados.

Está na hora de voltarmos a nos humilhar diante da santidade de Deus. Está na hora de lembrarmos que se não fosse a Graça de Deus estendida para nós em Cristo Jesus nós não teríamos nem coragem de levantar os olhos ao céu.

Está na hora de batermos no nosso peito e dizermos: “Tem misericórdia de mim, pecador!” ou, de clamar como fez o profeta Isaías reconhecendo os seus pecados: “ai de mim!”

A pergunta que cada um de nós deveria fazer para si mesmo hoje é esta: Eu posso não ser pior que os outros, mas será que sou melhor?

E mesmo que alguns ainda tenham a coragem de dizer que são melhores do que muita gente, então eu pergunto para esses: Vocês são PERFEITOS?

Isso mesmo: PERFEITOS! Foi isso que Jesus disse que todos nós deveríamos ser: “Sede vós PERFEITOS como PERFEITO é o vosso Pai celeste.” (Mateus 5:48).
  
Para concluir, responda apenas para si mesmo: Você é mais parecido com o fariseu ou com o publicano, mencionados na parábola que Jesus contou?

Que Deus nos abençoe, ou melhor, que nos livre da hipocrisia!

Sérgio Müller