sexta-feira, 26 de agosto de 2011

A VERDADEIRA PAZ!


"Em paz também me deitarei e dormirei, porque só tu, SENHOR, me fazes habitar em segurança."  Salmos 4:8

Certa vez houve um concurso de pintura e o primeiro lugar seria dado ao quadro que melhor representasse a paz. 
Ficaram, dentre muitos, três finalistas igualmente empatados. 

O primeiro retratava uma imensa pastagem com lindas flores e borboletas que bailavam no ar acariciadas por uma brisa suave. 
O segundo mostrava pássaros a voar sob nuvens brancas como a neve em meio ao azul anil do céu. 
O terceiro mostrava um grande rochedo sendo açoitado pela violência das ondas do mar em meio a uma tempestade estrondosa e cheia de relâmpagos. 

Mas para surpresa e espanto dos finalistas, o escolhido foi o terceiro quadro, o que retratava a violência das ondas contra o rochedo. 
Indignados, os dois pintores que não foram escolhidos, questionaram o juiz que deu o voto de desempate: 

Como este quadro tão violento pode representar a paz, Sr. Juiz?
E o juiz, com uma serenidade muito grande no olhar, disse: 
Vocês repararam que em meio à violência das ondas e à tempestade há, numa das fendas do rochedo, um passarinho com seus filhotes dormindo tranqüilamente? 
E os pintores sem entender responderam: sim, mas... 
Antes que eles concluíssem a frase, o juiz ponderou: 
Caros amigos, a verdadeira paz é aquela que mesmo nos momentos mais difíceis nos permite repousar tranqüilos. 

Talvez muitas pessoas não consigam entender como pode reinar a paz em meio à tempestade, mas não é tão difícil de entender. 

Considerando que a paz é um estado de espírito podemos concluir que, se a consciência está tranqüila, tudo à volta pode estar em revolução que conseguiremos manter nossa serenidade. 
E também pode acontecer o contrário: tudo à volta pode estar tranqüilo e nossa consciência arder em chamas. 

A consciência, portanto, é um tribunal implacável, do qual não conseguiremos fugir, porque está em nós. É ela que nos dará possibilidades de permanecer em harmonia íntima, mesmo que tudo à volta ameace desmoronar!

Sendo assim, concluiremos que a paz não será implantada por decretos nem por ordens exteriores, mas será conquista individual de cada criatura, portas à dentro da sua intimidade. 

Um dia, a paz vestiu-se de homem e conviveu com a humanidade sofredora e aflita. 
Conservava-se em paz mesmo diante das situações mais turbulentas e assustadoras. 

Agredido, manteve-se sereno. 
Caluniado, exemplificou tranqüilidade. 
Diante da tempestade no mar, pediu calma. 
Pregado na cruz, permaneceu em paz. 
Todavia, antes de partir teve ensejo de dizer:

"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize." João 14:27